O ozônio (O₃) é uma molécula gasosa natural composta por 3 átomos de oxigênio, sendo denominado também como oxigênio ativado.
Normalmente, o oxigênio é encontrado em sua forma diatômica (O₂), mas assim como encontramos na natureza o alótropo do grafite na forma de diamante, o ozônio é a forma alotrópica do oxigênio.
A molécula de ozônio se forma quando as moléculas de oxigênio se rompem, devido a uma descarga elétrica, e assim, os átomos separados combinam-se individualmente com outras moléculas de oxigênio.
Estas ligações de oxigênio unem-se em ângulo obtuso de 116º, com isso, a estrutura química do ozônio tem um impedimento estérico interno que não permite a formação de uma estrutura triangular.
Como resultado disso, em vez de formar as ligações duplas esperadas, são formadas uma ligação simples e uma ligação dupla entre os átomos de oxigênio, resultando em uma carga negativa em toda a molécula de ozônio.
Dessa forma, isto concede uma das principais características da molécula de ozônio que é a instabilidade, ou seja, o ozônio logo retorna ao estado de oxigênio. Por isso, o resíduo após a produção de ozônio é o oxigênio, não apresentando nenhuma forma poluente ou tóxica para pessoas e animais.
A velocidade de dissociação de ozônio para oxigênio depende da temperatura e da concentração de ozônio, ou seja, quanto maior a concentração e maior a temperatura, maior a velocidade de dissociação, e vice-versa.
Sendo assim, para realizar a aplicação de ozônio na prática clínica, é necessário produzir o ozônio no momento da utilização, pois não é possível armazená-lo. O tempo recomendado para utilização do ozônio a uma temperatura de 20ºC é de aproximadamente 30 minutos em uma seringa. Após esse período, a concentração de ozônio pode variar consideravelmente e não proporcionar os efeitos clínicos desejados.
Desse modo, para garantir a eficácia e segurança do ozônio na prática clínica, deve-se seguir corretamente as recomendações de utilização a fim de assegurar que a concentração esteja correta e proporcione o efeito biológico almejado no paciente.
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Referência:
Gregorio Martínez Sánchez (2013). Aspectos prácticos en ozonoterapia: Comprobación de la concentración de ozono generada / tiempo de vida media del gas en la jeringuilla. Revista Española de Ozonoterapia, vol. 3, nº 1, pp. 67-73.