Como a ozonioterapia pode apoiar reconstruções ósseas para implantes dentários
Em implantodontia, uma das etapas mais delicadas é a reconstrução óssea em áreas com volume insuficiente para instalação de implantes. Nessas situações, o uso de substitutos ósseos – de origem xenógena ou aloplástica – associados ou não ao osso autógeno, é rotina em procedimentos como reconstruções alveolares pós-exodontias, levantamento de seio maxilar e regenerações ósseas guiadas horizontais e verticais.
Grande parte desses substitutos é apresentada em forma de grânulos. Para que o enxerto possa ser manejado com segurança e precisão, é fundamental que esses grânulos sejam aglutinados, formando um bloco mais coeso que facilite a inserção e estabilização no defeito ósseo. Tradicionalmente, essa aglutinação é feita com soro fisiológico, sangue do próprio paciente ou fatores de crescimento. A literatura, porém, mostra que, do ponto de vista biológico, nenhum desses meios se destaca de forma consistente em relação aos demais.
Foi exatamente esse problema que o Prof. Rafael Manfro buscou resolver ao integrar a água ozonizada como meio de aglutinação dos substitutos ósseos em um caso clínico de reconstrução óssea associada à implantodontia.
É possível escolher um meio de aglutinação que, além de facilitar o manuseio, agregue propriedades biológicas desejáveis, como ação antimicrobiana e modulação da inflamação?
Do ponto de vista do cirurgião, os substitutos ósseos granulados apresentam dois desafios principais:
Manuseio – grânulos soltos são mais difíceis de compactar e contêm, com maior risco de deslocamento durante a inserção ou sutura;
Estabilidade inicial – quanto mais coeso o material, maior a chance de manter volume e contorno adequados até a consolidação óssea.
Por isso, é prática comum “umidificar” ou aglutinar o enxerto com algum meio líquido ou pastoso. Soro fisiológico é amplamente utilizado pela facilidade e baixo custo. O uso de sangue do paciente ou de concentrados de fatores de crescimento (como PRP/PRF) busca agregar benefícios biológicos, ainda que os resultados na literatura nem sempre sejam convergentes.
E por que água ozonizada?
A água ozonizada é uma das formas de aplicação da ozonioterapia, obtida pela dissolução do gás ozônio em água bidestilada em condições controladas. Na prática clínica, ela é estudada principalmente pelo seu potencial:
- Antimicrobiano local, ajudando a reduzir a carga bacteriana durante e após o ato cirúrgico;
- Modulador da inflamação, evitando inflamações prolongadas que possam comprometer o reparo;
- Possível contribuição para um ambiente mais favorável à neoformação óssea, como sugerem estudos pré-clínicos.
Com base nesse racional, no caso em questão o Prof. Manfro decidiu substituir o soro fisiológico convencional por água ozonizada na etapa de aglutinação do enxerto ósseo granulado, mantendo todo o restante da técnica cirúrgica dentro dos padrões consagrados da implantodontia.
O caso apresentado pelo Prof. Rafael Manfro mostra uma alternativa interessante para um problema cotidiano em implantodontia: a aglutinação de substitutos ósseos granulados. Ao utilizar água ozonizada nesse processo, ele busca somar praticidade cirúrgica e um potencial benefício biológico, sempre como recurso complementar, e não como substituto da técnica de enxerto ou das demais terapias convencionais.
Se você é profissional da saúde e deseja entender melhor como integrar a ozonioterapia de forma segura à implantodontia e à reabilitação oral, procure sempre formação adequada e converse com equipes científicas e técnicas especializadas, como a da Philozon, que podem apoiar na avaliação crítica das evidências e no uso responsável do ozônio como terapia complementar.

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