Ozonioterapia pode ser considerada opção terapêutica para modular alterações neurodegenerativas

Ozonioterapia pode ser considerada opção terapêutica para modular alterações neurodegenerativas

O envelhecimento é um processo que comumente está associado a alterações neurodegenerativas. Como resultam em declínio das funções cognitivas e motoras, o estresse oxidativo desempenha um papel importante nesse processo. Nestes casos, com uma terapia controlada com ozônio poderia haver uma reversão desse estresse promovido pelo ozônio?

Sabe-se que o estresse oxidativo desempenha um papel importante nesse processo, onde as espécies reativas de oxigênio (EROs), produzidas em excesso, são responsáveis pelas alterações funcionais que acompanham o envelhecimento.

Além disso, os danos causados pelo estresse oxidativo constituem os principais fatores de risco para doenças neurodegenerativas, como a doença de Alzheimer. Entre as regiões cerebrais mais sensíveis ao estresse oxidativo está o córtex cerebral. O córtex cerebral, a principal área de funções cognitivas superiores, é, portanto, adversamente afetado pelo envelhecimento.

O estudo de El-Mehi e Faried (2020) mostrou que a terapia controlada com ozônio (O3) induz o pré-condicionamento oxidativo, revertendo o estresse oxidativo.

Os resultados mostraram que a administração de ozônio produziu uma regulação negativa significativa de malondialdeído tecidual (MDA) e regulação positiva de glutationa, superóxido dismutase (SOD) e catalase (CAT) no córtex frontal de ratos envelhecidos.

Além disso, cortes do córtex frontal foram corados e analisados em microscopia de luz para determinar características específicas. Posteriormente, avaliações imuno-histoquímicas foram realizadas para analisar a expressão de diversas proteínas, incluindo óxido nítrico sintase induzível (iNOS), caspase-3, proteína glial fibrilar ácida (GFAP), Ki67 e acetilcolinesterase (AChE).

Como resultado, este estudo concluiu que o ozônio reduziu o estresse oxidativo e a apoptose, além de melhorar a neurogênese e a plasticidade colinérgica no córtex cerebral de ratos idosos.

Este trabalho é de grande relevância pois acrescentou dados aos efeitos neurodegenerativos associados ao envelhecimento, previamente comprovados, fornecendo uma nova visão sobre o papel promissor da ozonioterapia para melhorar esses efeitos.


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Referência:

El-Mehi AE, Faried MA. Controlled ozone therapy modulates the neurodegenerative changes in the frontal cortex of the aged albino rat. Ann Anat. 2020 Jan;227:151428. doi: 10.1016/j.aanat.2019.151428.

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