Novamente, a Philozon, que tem um histórico de luta pela regulamentação do ozônio, vem esclarecer a relação da Ozonioterapia com o Covid-19.
Este post é na verdade um convite! Um convite para que antes de se posicionar sobre o assunto, a população tenha acesso a conteúdos confiáveis, baseados em ciência, para que assim possam analisar e divulgar suas opiniões de forma coerente.
A Ozonioterapia é uma técnica secular utilizada em inúmeros países para tratamento de diversas doenças. Na Itália, Espanha e outros países estão sendo realizados estudos que mostram como terapêutica COMPLEMENTAR no tratamento do COVID-19, pois auxilia na modulação do processo inflamatório e otimiza a liberação de oxigênio pelos tecidos, um tratamento auxiliar de baixo risco e com alto potencial para pacientes com COVID-19, evitando que a doença se agrave e ajudando a reverter mais rapidamente a insuficiência respiratória e a necessidade de intubação orotraqueal.
A Prefeitura de Itajaí, Santa Catarina, sob gestão do prefeito Volnei Morastoni, aderiu a um protocolo de pesquisa científica já aprovado pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP), escrito pela Associação Braleira de Ozonioerapia (ABOZ), para avaliar a ação da Ozonioterapia como técnica complementar no tratamento de pacientes ambulatoriais confirmados com COVID-19. Os pacientes que, podem participar do estudo de forma voluntária, desde que preencham os critérios de inclusão.
O ozônio medicinal pode ser aplicado no organismo de diversas formas. A via de aplicação deste protocolo de pesquisa será a insuflação retal, um método de tratamento sistêmico de aplicação de ozônio medicinal de baixo risco. Uma publicação de autores alemães de 2016 demonstrou que a via retal é segura e eficiente, com nível de evidência adequado, utilizando os mesmos critérios da Medicina Baseada em Evidências.
A via retal é apenas uma via de acesso humano, onde o ozônio reage para formar mensageiros (ROS e LOPS) e se distribuir via circulação para estimular seus efeitos sistêmicos.
A terapêutica se baseia nos seguintes efeitos:
a) Indução da resposta adaptativa ao estresse oxidativo, modulando o estado redox do paciente;
b) Indução de INF-gamma e citocinas (melhora do sistema imunológico);
c) Melhora da oxigenação dos tecidos, incluindo órgãos vitais;
d) Modulação do NRF2, que é responsável por produzir os diversos efeitos do ozônio.
Como possíveis resultados da Ozonioterapia, podemos esperar: melhorar o estado de saúde dos pacientes e reduzir a carga viral; melhoria da saturação e redução do suporte de oxigênio; redução de marcadores inflamatórios (PCR); reduzir a incidência de pneumonia associada a vírus em pacientes conectados à ventilação mecânica.
Nós, temos convicção de que o ozônio pode ser muito útil para ser utilizado ao tratamento do COVID-19, por isso apoiamos e participamos das iniciativas de pesquisa clínica que estão sendo realizadas no Brasil.
Assim como qualquer outra terapia, o ozônio não é um milagre e não existem promessas de cura. Até o momento, não há tratamento definitivo para a nova pandemia de SARS-CoV-2 e todas as iniciativas baseadas em estudos científicos são importantes para auxiliar a busca pelo tratamento. É importante deixar claro que a Ozonioterapia é uma terapia complementar que não substitui as avaliações e procedimentos médicos pré-determinados.
VIEBAHN-HÄNSLER, R.; FERNÁNDEZ, O. S. L.; FAHMY, Z. Ozone in Medicine: Clinical Evaluation and Evidence Classification of the Systemic Ozone Applications, Major Autohemotherapy and Rectal Insufflation, According to the Requirements for Evidence-Based Medicine. Ozone Sci Eng, Chelsea, v.38, n.5, p.322-345, 2016.