Avaliação in vitro da cicatrização de feridas

Avaliação in vitro da cicatrização de feridas

Ozônio – avaliação in vitro de cicatrização de feridas

O ozônio é utilizado clinicamente há mais de 150 anos, sendo aplicado ao longo desses anos como método de desinfecção ou opção de tratamento para diversas doenças, incluindo condições inflamatórias crônicas, úlceras de pé diabético, osteonecroses, doença periodontal e cárie dentária, entre outras. Uma utilização tão ampla se justifica por suas amplas aplicações biológicas, que abrangem um potencial efeito antimicrobiano, bem como a ativação do sistema imunológico e a indução da cicatrização de feridas.

O estudo de Borges et al. (2017) teve como objetivo avaliar a citotoxicidade do ozônio em linhagens celulares de fibroblastos (L929) e queratinócitos (HaCaT), seus efeitos na migração celular e sua atividade antimicrobiana. As células foram tratadas com ozônio, clorexidina 0,2% ou solução tamponada, e a viabilidade celular foi determinada através do ensaio MTT. O efeito do ozônio na migração celular foi avaliado através de ensaios de cicatrização de feridas e migração transwell. As concentrações inibitórias mínimas para Candida albicans e Staphylococcus aureus também foram determinadas. 

Ozônio – avaliação in vitro de cicatrização de feridas

Os resultados mostraram que o ozônio não apresentou citotoxicidade para as linhagens celulares, enquanto a clorexidina reduziu acentuadamente a viabilidade celular. Embora nenhuma diferença significativa entre as células controle e tratadas com ozônio tenha sido observada no ensaio de raspagem, um aumento considerável na migração de fibroblastos foi observado nas células tratadas com 8 μg/mL de solução ozonizada. O ozônio nas concentrações testadas não inibiu o crescimento de microrganismos; entretanto, sua associação com a clorexidina resultou em atividade antimicrobiana o que é um resultado que traz uma necessidade de mais estudos sobre esta ação e seus processos que produziram a ação batctericida em conjunto com clorexidina e por que ocorreu.    

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Referência:

Borges GÁ, Elias ST, da Silva SM, Magalhães PO, Macedo SB, Ribeiro AP, Guerra EN. In vitro evaluation of wound healing and antimicrobial potential of ozone therapy. J Craniomaxillofac Surg. 2017 Mar;45(3):364-370. doi: 10.1016/j.jcms.2017.01.005. 

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