Água ozonizada: propriedades, evidências e aplicações clínicas seguras

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Água ozonizada: propriedades, evidências e aplicações clínicas seguras

A água ozonizada (O₃ dissolvido em H₂O) vem ganhando destaque como um recurso adjuvante em desinfecção, enxágues e suporte à cicatrização, especialmente em ambientes que priorizam segurança, padronização e boas práticas clínicas. Seu uso é descrito na literatura há décadas, com evidências que apontam ação antimicrobiana ampla, modulação de processos inflamatórios e boa biocompatibilidade com tecidos humanos.

Combinada a torres de ozonização clínicasequipamentos dedicados que produzem água ozonizada de forma segura, controlada e reprodutível — essa tecnologia se torna ainda mais aplicável a rotinas assistenciais em serviços de saúde, odontologia, estética e cuidados com feridas.


O que é a água ozonizada?

A água ozonizada é obtida pela dissolução do gás ozônio em água purificada. Quando produzida em concentração adequada, próxima ao momento de uso e em sistemas fechados, ela mantém estabilidade mínima necessária para aplicação clínica, além de proporcionar segurança ao profissional.

Pesquisas consolidadas demonstram que a água ozonizada pode ser integrada como coadjuvante em protocolos de:

  • desinfecção de feridas,

  • higienização de cavidades cirúrgicas,

  • irrigação de tecidos,

  • enxágues orais,

  • periodontia e endodontia,

  • balneoterapia terapêutica.


Evidências científicas sobre a água ozonizada

Uma revisão publicada no Ozone Therapy Global Journal (1980–2018) reuniu estudos pré-clínicos e clínicos, apontando aplicações consistentes da água ozonizada em diferentes frentes da saúde.

Indicações descritas na literatura

  • Úlceras de perna (ulcus cruris)

  • Úlceras de pressão

  • Micoses e infecções fúngicas

  • Herpes simples e zoster

  • Queimaduras e feridas sobreinfectadas

  • Lavagens e irrigação intraoperatória

  • Cuidado ocular e feridas de superfície

  • Enxágue oral em periodontite, gengivite e cavidades

  • Irrigação de canais radiculares como coadjuvante

Esses usos não substituem o padrão de cuidado, mas podem oferecer suporte adicional ao controle microbiano e à cicatrização.


Como a água ozonizada atua no organismo?

1. Ação antimicrobiana de amplo espectro

O ozônio dissolvido em água apresenta efeito oxidante capaz de desestabilizar membranas celulares, proteínas estruturais e material genético dos microrganismos. Ele atua contra:

  • bactérias Gram-positivas e Gram-negativas,

  • fungos e leveduras, como Candida albicans,

  • vírus entéricos e respiratórios.

Essa ação acontece mesmo em concentrações moderadas, o que contribui para boa biocompatibilidade com tecidos humanos.


2. Modulação de processos inflamatórios e suporte ao reparo

Estudos pré-clínicos apontam que a água ozonizada pode:

  • estimular fibroblastos e queratinócitos,

  • favorecer neoformação vascular,

  • aumentar a atividade antioxidante,

  • modular vias relacionadas à resposta inflamatória e oxidativa (Nrf2, NF-κB),

  • reduzir mediadores inflamatórios como TNF-α.

Isso gera um ambiente favorável ao fechamento de feridas e à restauração tecidual.


3. Alta biocompatibilidade celular

Comparada com antissépticos tradicionais, como clorexidina, hipoclorito ou peróxido de hidrogênio, a água ozonizada apresenta:

  • baixo potencial citotóxico,

  • maior preservação de fibroblastos e células epiteliais,

  • menor agressão aos tecidos.

Essa característica reforça seu uso como coadjuvante em procedimentos que exigem equilíbrio entre controle microbiano e preservação celular.


Torre de ozonização de água: padronização, segurança e eficiência

A geração de água ozonizada exige controle rigoroso de:

  • concentração,

  • tempo de exposição,

  • segurança ocupacional,

  • proximidade do momento de uso.

As torres de ozonização clínicas — com reservatórios de 1 L ou 3 L — conectadas a geradores de ozônio medicinal possibilitam:

  • produção padronizada e estável,

  • menor exposição ao gás para profissionais,

  • volumes adequados à rotina clínica,

  • processos reprodutíveis e auditáveis,

  • maior segurança operacional.

Na prática, isso significa rotinas mais previsíveis, seguras e alinhadas às normas regulatórias.


A água ozonizada substitui outros protocolos?

Não.
A água ozonizada não substitui:

  • técnicas assépticas padronizadas,

  • antissépticos tradicionais,

  • antibióticos quando indicados,

  • protocolos cirúrgicos e assistenciais.

Ela deve ser utilizada como ferramenta complementar dentro de uma estratégia multiprofissional, sempre com critérios técnicos e por profissionais habilitados.


Conclusão

A água ozonizada reúne três pilares fundamentais para seu uso clínico:

  1. Ação antimicrobiana ampla

  2. Modulação inflamatória e antioxidante

  3. Alta biocompatibilidade com tecidos humanos

Quando gerada em sistemas específicos — como torres acopladas a geradores de ozônio medicinal —, ela oferece segurança, padronização e eficiência, podendo integrar protocolos de desinfecção, irrigação, enxágue e suporte ao reparo tecidual.

Seu uso, respaldado por evidências crescentes, reforça o papel da água ozonizada como um recurso adjuvante promissor na prática clínica moderna, sempre baseado em rigor técnico e responsabilidade regulatória.

Fonte: Martínez-Sánchez G. Ozonized water, background, general use in medicine and preclinic support. Ozone Therapy Global Journal. 2019;9(1):33–60.

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