Citocinas inflamatórias e citocinas anti-inflamatórias, qual a relação com o ozônio?

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A citocina é a denominação geral dada a qualquer proteína que é secretada pelas células e que afeta o comportamento das células adjacentes portadoras de receptores adequados. Algumas citocinas podem ter ações pró-inflamatórias ou anti-inflamatórias, de acordo com o microambiente no qual estão localizadas.

Dentre as consideradas pró-inflamatórias, temos as interleucinas (IL) 1, 2, 6, 7 e o FNT (fator de necrose tumoral). Enquanto, as anti-inflamatórias são as interleucinas IL-4, IL-10, IL-13 e o FTCβ (fator transformador de crescimento β).

Assim, estas citocinas são consideradas mediadores necessários para conduzir a resposta inflamatória aos locais de infecção e lesão, favorecendo a cicatrização apropriada da ferida. No entanto, a produção exagerada de citocinas pró-inflamatórias a partir da lesão, pode se manifestar sistemicamente com a instabilidade hemodinâmica ou distúrbios metabólicos. Nesse aspecto, as citocinas anti-inflamatórias podem minimizar alguns desses efeitos indesejáveis.

O ozônio (O3) através da formação de espécies reativas de oxigênio (ROS) e dos produtos de oxidação lipídica (LOPs) aumenta a produção de citocinas anti-inflamatórias, através da inibição da via NF-κB, ativando uma cascata de reações intracelulares que influenciam na atividade, diferenciação, proliferação e sobrevida das células, favorecendo a redução do processo inflamatório.
Assim como, promove a ativação e regulação do sistema imune, através da ativação de células T e do estímulo para liberação de citocinas, como interferon e interleucinas (IL) para desencadear a citotoxicidade mediada por células dependente de anticorpos (ADCC).

Além disso, o ozônio auxilia na reparação tecidual de forma mais rápida, devido a grande capacidade de aumentar o tecido de granulação e estimular a angiogênese, através do aumento da expressão de proteínas do fator de crescimento endotelial vascular (VEGF), do fator de crescimento transformador beta (TGF-β) e do fator de crescimento derivado de plaquetas (PDGF). A ozonioterapia também proporciona o estímulo para a migração de fibroblastos através da via PI3K/Akt/mTOR, como também melhora a oxigenação do tecido.

Dessa forma, o ozônio atenua o processo inflamatório exacerbado, promovendo a modulação da inflamação, por meio da redução de citocinas inflamatórias e aumento da produção de citocinas anti-inflamatórias, reduzindo assim os efeitos de dor, rubor e calor, porém sem bloquear a cascata inflamatória natural do organismo.

Referências:
OLIVEIRA, C. M. B. et al. Citocinas e Dor. Rev Bras Anestesiol. Rio de Janeiro, v.61, n.2, p.255-265, 2011.
SMITH, N. L. et al. Ozone therapy: an overview of pharmacodynamics, current research, and clinical utility. Med Gas Res., Mumbai, v.7, n.3, p.212-219, 2017.

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