Feridas crônicas: O que a ciência fala sobre o uso do ozônio

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Feridas crônicas: O que a ciência fala sobre o uso do ozônio

Uma ferida crônica é caracterizada por uma lesão na pele e/ou tecidos subjacentes que não progride pelas fases normais de cicatrização em um determinado tempo, permanecendo aberta por mais de 4–6 semanas. Em geral, ela persiste por causa de fatores que mantêm a inflamação e impedem o reparo, como perfusão sanguínea insuficiente, infecção bacteriana persistente, formação de biofilme bacteriano, edema, pressão contínua, neuropatia, desequilíbrios metabólicos sistêmicos (por exemplo: diabetes) e desnutrição.

Alguns dos problemas que encontramos quando falamos de feridas crônicas é perfusão inadequada que reduz a oxigenação tecidual, biofilme e infecções que mantêm a inflamação e levam os tecidos a necrose e fatores sistêmicos como a hiperglicemia, anemia, desequilíbrio enzimático e tabagismo. O resultado é um leito de ferida biologicamente desfavorável, com bordas estagnadas, dor e odor, grande impacto negativo na qualidade de vida e alto custo assistencial.

Nesse contexto, o ozônio tem sido proposto como tratamento complementar para o favorecimento da cicatrização desses tipos de feridas. Quimicamente, tratase de uma forma reativa do oxigênio que, em doses controladas e aplicadas por profissionais habilitados, exibe três efeitos de interesse: ação antimicrobiana ampla, modulação do ambiente inflamatório/redox e possível melhora da microcirculação.

O ozônio oxida componentes da parede celular dos microrganismos e da matriz do biofilme, reduzindo a carga bacteriana e a resistência estrutural que protege os microrganismos; ao mesmo tempo, pode modular vias como Nrf2/Keap1, induzindo enzimas antioxidantes endógenas, o que auxilia a regeneração de um leito dominado por estresse oxidativo desorganizado. Há evidências de que, em baixa dose, o estímulo oxidativo breve e controlado do gás ozônio desencadeia respostas adaptativas benéficas, com redução de citocinas próinflamatórias, estímulo à liberação de fatores de crescimento, neovascularização e granulação mais vigorosa; clinicamente, pacientes relatam alívio de dor e diminuição de odor.

Na prática clínica, o ozônio pode ser aplicado de forma tópica pela metodologia de “bagging” do membro ou região (exposição do leito ao gás ozonizado por minutos), por irrigação com água ozonizada e por uso de óleos ozonizados como cobertura contínua entre as sessões. Ele não substitui os pilares do cuidado — desbridamento quando indicado, controle rigoroso de infecção, compressão em úlcera venosa, offloading adequado no pé diabético, controle metabólico, otimização nutricional —, mas pode reduzir biocarga, quebrar biofilme, atuar como antioxidante e anti-inflamatório e melhorar a qualidade do leito para que coberturas modernas e terapias de pressão negativa atuem melhor.

As feridas se tornam crônicas porque o microambiente local e o estado sistêmico do paciente atrapalham a biologia da cicatrização. O tratamento efetivo exige abordagem clínica geral, correção de barreiras e manejo técnico do leito. O ozônio, quando bem indicado e administrado por equipe habilitada, pode atuar como impulsionador: reduzindo biofilme e carga microbiana, modulando a inflamação e favorecendo o tecido de granulação e a repitelização. Somente o ozônio não é um tratamento isolado e nem substitui o padrão de cuidado, mas pode encurtar o caminho até a cicatrização e melhorar sintomas que atrapalham a adesão de tratamentos convencionais. A chave é integrálo a um plano abrangente, mensurar resultados com critérios objetivos (redução de área, profundidade, dor, exsudato) e ajustar a estratégia conforme a resposta.

Referências:

https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC7949634/

https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC3312702/

https://www.mdpi.com/2075-4426/13/10/1439

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