Mitos e Verdades da Ozonioterapia: Uma Análise Baseada em Evidências

BLOGMITOSEVERDADES 1 Philozon | Geradores de Ozônio

Mitos e Verdades da Ozonioterapia: Uma Análise Baseada em Evidências

A ozonioterapia tem ganhado destaque crescente nas áreas médica, odontológica, veterinária e estética, configurando-se como um recurso terapêutico inovador e em contínua expansão científica. No entanto, como ocorre com toda prática emergente, circulam inúmeros mitos que podem comprometer sua correta compreensão e aplicação.

Este artigo busca esclarecer equívocos recorrentes, apresentando evidências científicas que sustentam a prática clínica segura da ozonioterapia.

Mitos e Verdades na Ozonioterapia

Mito 1: “Ozonioterapia é uma terapia experimental e sem comprovação científica.”

Fato: A ozonioterapia não é experimental. Diversos estudos demonstram sua efeitos positivos sobre processos inflamatórios, infecciosos e de modulação imunológica, além de melhora da oxigenação tecidual.

Referencias: RE; MALCANGI; MARTÍNEZ-SÁNCHEZ, 2012 = https://www.researchgate.net/publication/49662464_Clinical_evidence_of_ozone_interaction_with_pain_mediators

ELVIS; EKTA, 2011; BOCCI et al., 2009 = https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/22470237/

Mito 2: “Ozonioterapia é uma cura milagrosa para todas as doenças.”

Fato: A ozonioterapia deve ser compreendida como terapia adjuvante, e não como solução isolada. Seu uso associado a protocolos convencionais potencializa resultados e contribui para a qualidade de vida dos pacientes. Estudos em osteoartrite de joelho mostram redução significativa da dor e melhora funcional quando o ozônio é aplicado intra-articular). Em úlceras diabéticas, a ozonioterapia acelera a cicatrização e combate infecções, mas deve ser acompanhada de controle glicêmico rigoroso

Referencias: LOPES DE JESUS et al., 2017 = https://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0179185

MARTÍNEZ-SÁNCHEZ et al., 2005 = https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/16198334/

Mito 3: “A aplicação de ozônio é perigosa e tóxica.”

Fato: O risco está relacionado à dose, via de administração e exposição inadequada. Quando utilizada dentro de protocolos estabelecidos, por profissionais habilitados e com equipamentos certificados, a ozonioterapia apresenta alta margem de segurança. A toxicidade está associada principalmente à inalação direta em altas concentrações, o que não faz parte dos protocolos clínicos.

Referencias: DI PAOLO; BOCCI; GAGGIOTTI, 2004 = https://journals.sagepub.com/doi/10.1177/039139880402700303?url_ver=Z39.88-2003&rfr_id=ori:rid:crossref.org&rfr_dat=cr_pub%20%200pubmed

SMITH et al., 2017 = https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/29152215/

Verdades Fundamentais

1. Ação anti-inflamatória e analgésica

Estudos clínicos mostram que o ozônio reduz mediadores inflamatórios e modula o estresse oxidativo, proporcionando alívio da dor em condições como osteoartrite e mialgia.

Referencias:

LOPES DE JESUS et al., 2017 = https://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0179185

RAEISSADAT et al., 2018 = https://pubm ed.ncbi.nlm.nih.gov/35056489/

2. Melhora da circulação e oxigenação tecidual

A ozonioterapia promove otimização da liberação de oxigênio pela hemoglobina e favorece a microcirculação, com impacto positivo em cicatrização e regeneração

Referencias: MARTÍNEZ-SÁNCHEZ et al., 2005 = https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/16198334

DI PAOLO; BOCCI; GAGGIOTTI, 2004 = https://journals.sagepub.com/doi/10.1177/039139880402700303?url_ver=Z39.88-2003&rfr_id=ori:rid:crossref.org&rfr_dat=cr_pub%20%200pubmed

3. Potente efeito antimicrobiano

O ozônio apresenta atividade bactericida, fungicida e virucida amplamente documentada (BIALOSZEWSKI; KOWALEWSKI, 2003 = https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/17679848/). Ensaios clínicos também demonstram benefícios no controle de infecções periodontais e pós-cirúrgicas (PATEL et al., 2012 = https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC3708245/; ISLER et al., 2019 = https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC6031764/).

Perguntas Frequentes (FAQ)

  • Quem pode aplicar ozonioterapia?
    Somente profissionais de saúde devidamente habilitados e com formação específica, utilizando equipamentos certificados.

  • A ozonioterapia é reconhecida no Brasil?
    Sim. Diversos conselhos profissionais regulamentam sua aplicação, com diretrizes próprias para médicos, dentistas, fisioterapeutas, enfermeiros, entre outros.

  • Existem contraindicações?
    Sim. Entre as absolutas estão gravidez, hipertireoidismo descompensado e deficiência de G6PD (favismo). A avaliação clínica individualizada é imprescindível.

Considerações Finais

A ozonioterapia constitui um recurso terapêutico de relevância crescente, respaldado por evidências científicas que demonstram sua eficácia e segurança quando corretamente indicada. Embora não deva ser considerada uma solução universal, integra-se de forma valiosa a protocolos multiprofissionais, ampliando as possibilidades terapêuticas e contribuindo para melhores desfechos clínicos.

O avanço da prática depende da contínua produção científica e da utilização responsável por profissionais qualificados, assegurando a credibilidade da terapia e seu papel no cuidado moderno em saúde.

📚 Referências

AZARPAZHOOH, A.; LIMEBACK, H. The application of ozone in dentistry: A systematic review of literature. Journal of Dentistry, v. 36, n. 2, p. 104–116, 2008.

BIALOSZEWSKI, D.; KOWALEWSKI, M. Superficially and deep infected wounds treated with ozone: Case reports and review of the literature. Ostomy Wound Management, v. 49, n. 5A Suppl, p. 19–29, 2003.

BOCCI, V. et al. The ozone paradox: Ozone is a strong oxidant as well as a medical drug. Medicinal Research Reviews, v. 29, n. 4, p. 646–682, 2009.

DI PAOLO, N.; BOCCI, V.; GAGGIOTTI, E. Ozone therapy. International Journal of Artificial Organs, v. 27, n. 3, p. 168–175, 2004.

ELVIS, A. M.; EKTA, J. S. Ozone therapy: A clinical review. Journal of Natural Science, Biology and Medicine, v. 2, n. 1, p. 66–70, 2011.

ISLER, S. C. et al. Effects of ozone therapy on pain, swelling, and trismus following third molar surgery: A randomized controlled trial. Journal of Oral and Maxillofacial Surgery, v. 77, n. 5, p. 868–877, 2019.

LOPES DE JESUS, C. C. et al. Comparison between intra-articular ozone and placebo in the treatment of knee osteoarthritis: A randomized, double-blinded, placebo-controlled study. PLoS One, v. 12, n. 7, p. e0179185, 2017.

MARTÍNEZ-SÁNCHEZ, G. et al. Therapeutic efficacy of ozone in patients with diabetic foot. European Journal of Pharmacology, v. 523, n. 1–3, p. 151–161, 2005.

PATEL, P. V. et al. Effect of subgingival ozone irrigation on periodontal status and glycemic control in type II diabetes patients with chronic periodontitis: A randomized, controlled clinical trial. Journal of Indian Society of Periodontology, v. 16, n. 2, p. 179–183, 2012.

RAEISSADAT, S. A. et al. Comparison of ozone and lidocaine injection efficacy vs dry needling in myofascial pain syndrome patients: A single blind randomized clinical trial. Pain Medicine, v. 19, n. 1, p. 153–161, 2018.

RE, L.; MALCANGI, G.; MARTÍNEZ-SÁNCHEZ, G. Medical ozone is now ready for a scientific challenge: Current status and future perspectives. Journal of Experimental and Integrative Medicine, v. 2, n. 3, p. 193–196, 2012.

SECHI, L. A. et al. Antibacterial activity of ozonized sunflower oil (Oleozon). Journal of Applied Microbiology, v. 90, n. 2, p. 279–284, 2001.

SMITH, N. L. et al. Ozone therapy: An overview of pharmacodynamics, current research, and clinical utility. Medical Gas Research, v. 7, n. 3, p. 212–219, 2017.

WU, J. et al. The effect of ozone autohemotherapy combined with pharmacological therapy in postherpetic neuralgia. Frontiers in Neurology, v. 11, p. 732, 2020.

ozon news

Fique por dentro do que move a philozon