O Tratamento da Dentina Cariada com Ozônio Interfere na Adesão de Sistemas Adesivos Dentinários?

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Tratamento de Dentina Cariada com ozônio  

A ozonioterapia na Odontologia apresenta inúmeras aplicabilidades nas mais variadas especialidades, como: endodontia, periodontia, cirurgia, estomatologia, DTM e dor orofacial, dentística, harmonização orofacial, entre outras.

Na Dentística, o ozônio tem sido utilizado como auxiliar no tratamento da cárie dental visando destruir bactérias, vírus e fungos do tecido cariado, proporcionando alta taxa de desinfecção, oxidando também os metabólitos bacterianos convertendo-os em gás carbônico e acetato. Desta forma, proporciona uma grande diminuição da possibilidade de reinfecção tecidual, uma vez que o ambiente torna-se hostil a recolonização.

Estes efeitos à curto e a longo prazo se caracterizam como grandes vantagens ao tratamento restaurador, visto que, a infiltração e recidiva de cárie sob restaurações são frequentes resultando no insucesso do tratamento. Porém frente à esta estratégia terapêutica, surge o questionamento: o tratamento dentinário com ozônio interfere no processo de adesão dos adesivos contemporâneos?

Nessa perspectiva, o estudo de Abdelaziz e Attia (2007) avaliou o efeito da aplicação de ozônio na força de adesão de diferentes tipos de sistemas adesivos contemporâneos à dentina.

Para a metodologia, foram utilizados três sistemas de adesivos contemporâneos, representando diferentes gerações (Exite, Adper Prompt L-pop e G Bond), empregados na adesão de corpos de prova de compósito Tetric Ceram (3 mm de diâmetro e altura), em dois grupos: superfícies dentinárias tratadas com ozônio (Grupos I, IV e VI) e não tratados (Grupos II, V e VII). Em outro grupo de teste (Grupo III) o ozônio foi aplicado em dentina tratada antes da aplicação do adesivo mono componente Exite. Alguns dos espécimes preparados foram testados para resistência ao deslizamento e outros foram secionados para exame em microscopia eletrônica. Os padrões de descolamento dos espécimes fraturados foram determinados com o uso de estéreomicroscópio.

Os resultados obtidos mostraram que o tratamento com ozônio da dentina cariada com ozônio não demonstrou efeito significativo na resistência de adesão de diferentes adesivos à dentina (comparação de Tukey p<0.05).

A única exceção foi registrada quando o gás foi aplicado nas superfícies previamente tratadas com ácido e antes da aplicação do adesivo monocomponente Exite. (Tukey p+ 0.000917). O achado microscópico demonstrou que os descolamentos foram o modo mais comum de falha de adesão à dentina neste caso. Camada híbrida estreita e tags curtos na dentina caracterizaram a junção de adesão de espécimes sujeitos ao tratamento com ozônio após tratamento da dentina e antes da aplicação do adesivo Exite.

Assim, os autores concluíram que a aplicação de ozônio parece não causar efeito na força de aderência de adesivos contemporâneos à dentina. Entretanto, no caso de uso de adesivos de duas etapas, a aplicação do gás deve ser feita antes do tratamento da dentina.

ABDELAZIZ, K. M.; ATTIA, A. Bonding of contemporary adhesives to ozone-treated dentin surfaces. Rev. Clín. Pesq. Odontol., v.3, n.3, p.165-173, 2007.

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