O ozônio pode provocar alergias?

O ozônio pode provocar alergias?

Muitas vezes, o ozônio é lembrado por sua toxicidade quando inalado, pois, pode causar irritação e inflamação nas vias respiratórias, levando a sintomas como tosse, falta de ar, dor no peito e chiado. No entanto, o ozônio não é considerado um alérgeno, ou seja, uma substância que provoca alergias em pessoas sensibilizadas.

O ozônio não ativa as células responsáveis pela resposta alérgica, como os mastócitos e os basófilos. Portanto, o ozônio não é capaz de desencadear alergias. Assim, é importante entender os efeitos do ozônio, distintos daqueles causados por alérgenos.

O ozônio é um gás incolor composto por três átomos de oxigênio, que possui um odor característico. Seu nome vem do grego “ozein”, que significa cheiro, em referência à sua fragrância distintiva. Destaca-se por suas propriedades físicas singulares, como a instabilidade e o alto poder oxidativo.

Como o Ozônio Age no Organismo?

Alérgenos, como o pólen, os ácaros, os pelos de animais e os alimentos, provocam uma resposta imunológica em cada indivíduo causando irritação, inchaço e desconforto. O ozônio diferencia-se, pois apresenta biocompatibilidade, ou seja, age através de sua capacidade de modular processos biológicos, como a resposta imunológica, a regulação redox e a produção de mediadores inflamatórios, suas propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias.

Com essa capacidade, é possível aproveitá-la para modular condições patológicas, como as caracterizadas por estresse oxidativo e inflamação exacerbada. Em doenças crônicas, como artrite reumatoide, a capacidade do ozônio de modular a resposta inflamatória pode ser explorada para aliviar sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Além disso, em infecções crônicas, as propriedades antimicrobianas do ozônio podem ser utilizadas para complementar abordagens convencionais.

A biocompatibilidade do ozônio representa uma capacidade para uma abordagem terapêutica equilibrada e segura, pois promove seus benefícios a partir das respostas adaptativas do organismo. A capacidade do ozônio de interagir de maneira positiva com os sistemas biológicos próprios da pessoa não gera uma desregulação, evitando desencadear respostas adversas desproporcionais.

Precauções que se Devem Entender

Entretanto, a manipulação e a aplicação da Ozonioterapia devem ser feitas por um profissional qualificado. O ozônio é um gás que pode causar danos ao sistema respiratório quando inalado, pois os alvéolos não conseguem oxidar de maneira efetiva o gás. Isso pode levar a irritação, inflamação e redução da capacidade pulmonar temporária quando em pequenas quantidades.

Além disso, sua dosagem e concentrações influenciam no efeito desejado para cada caso e cada indivíduo. Somente um profissional capacitado poderá determinar os melhores usos e aplicações para otimizar os resultados.

Tendo os cuidados necessários e acompanhamento profissional, a única contraindicação relatada pela ABOZ é em pacientes com deficiência da enzima Glicose-6-Fosfato Desidrogenase (G6PD), conhecida como favismo. A utilização do ozônio não é aconselhável nesses casos, pois o favismo compromete a capacidade de oxidação celular, aumentando o risco de hemólise, um processo de destruição das células sanguíneas.

A Ozonioterapia ainda é cercada de mitos e desinformações. Compreender a realidade por trás dessa abordagem terapêutica é crucial para que mais pessoas possam se beneficiar de suas possibilidades. Deve-se destacar que essa terapia não é uma solução milagrosa, mas sim embasada por pesquisas e comprovações científicas.

O ozônio é um gás com potencial na área da saúde, sendo explorado em diversas aplicações clínicas. No entanto, sua aplicação requer compreensão de suas propriedades e impactos fisiológicos para uma utilização segura e eficaz. Dessa forma, a Ozonioterapia pode ser explorada de maneira consciente e integrada, alinhando conhecimento com os princípios básicos necessários.

 

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Referências Bibliográficas:
WENTWORTH, P. Jr et al. Evidence for antibody-catalyzed ozone formation in bacterial killing and inflammation. Science, New York, v. 298, n. 5601, p. 2195–2199, 2002.

RE, L. Ozone in Medicine: A Few Points of Reflections. Frontiers in Physiology, v. 13, 23 fev. 2022.

Ozonize-se » A ozonioterapia é indicada para quê? – ABOZ – Associação Brasileira de Ozonioterapia. Disponível em: <https://www.aboz.org.br/ozonize-se/ozonioterapia-indicacoes/>. Acesso em: 4 dez. 2023.

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