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Ozonioterapia no tratamento das doenças neurodegenerativas

Os distúrbios neurodegenerativos têm inúmeras etiologias e são um grupo de doenças que afetam todo o sistema nervoso, como cérebro, medula espinhal e nervos periféricos. Com o aumento da expectativa de vida, essas doenças tem se mostrado um grave problema de saúde global. Paralelamente, estudos recentes mostraram que a Ozonioterapia pode ser muito útil no tratamento das doenças neurodegenerativas – distúrbios neurológicos e doenças neurológicas inflamatórias e degenerativas, por meio de um efeito relacionado à atividade da enzima Citocromo-c-oxidase.

 As características neuroprotetoras da terapia com ozônio medicinal já foram avaliadas in vivo, e através de seu mecanismo de ação, o O3 em contato com os fluidos biológicos rapidamente gera dois tipos de mensageiros: as espécies reativas de oxigênio (ROS), como o peróxido de hidrogênio (H2O2) e produtos de oxidação lipídica (LOPs), que atuam na regulação e ativação de inúmeras funções celulares e teciduais.

Pesquisadores da Universidade de Ciências Médicas Baqiyatallah no Irã, realizaram uma revisão sistemática sobre a eficácia clínica da ozonioterapia no tratamento da Esclerose Múltipla (EM), uma doença neurológica degenerativa que acomete o sistema nervoso central (SNC), caracterizada pelos comprometimentos vasculares e metabólicos que levam à desmielinização e danos axonais nos neurônios, ou ainda levam a uma deficiência ou perda completa da transmissão de impulsos nervosos para o sistema nervoso central.


Neste estudo foi ressaltado que o ozônio, principalmente administrado via auto-hemoterapia maior, apresenta efeito claro na redução do estresse oxidativo crônico e no aprimoramento da funcionalidade mitocondrial das células neurais em pacientes com Esclerose Múltipla. Além disso, pode melhorar a circulação sanguínea e os níveis de oxigênio nos tecidos, ativar enzimas antioxidantes e eliminar os radicais livres associados com o agravamento da doença.

O estudo realizado por Morelli, Bramani e Guarino (2018) utilizou terapia com ozônio em pacientes com a doença de Parkinson, uma condição neurológica que causa distrúrbios no movimento. O estudo avaliou a postura, o equilíbrio e os sintomas desses pacientes através da insuflação retal. A pesquisa incluiu 6 pacientes com Parkinson que praticavam boxe sem contato para reabilitação motora. Esses indivíduos foram divididos em 2 grupos, denominados Grupo A e Grupo B, cada um com 3 participantes. O Grupo A foi submetido a terapia de insuflação retal com uma solução de oxigênio-ozônio (150 ml, 35 µg/ml) duas vezes por semana nas primeiras 5 semanas, seguido de um placebo quinzenal de insuflação retal de ar nas 5 semanas seguintes.

O grupo B foi tratado com terapia de insuflação retal placebo com 150 ml de ar quinzenalmente durante as primeiras 5 semanas. Nas 5 semanas seguintes, o Grupo B foi tratado com terapia de insuflação retal usando 150 ml de oxigênio-ozônio a uma concentração de 35 µg/ml, duas vezes por semana. Nas avaliações basais (T0), após a 10ª sessão de insuflação (T1) e após a 20ª sessão de insuflação (T2), todos os pacientes foram submetidos a uma avaliação psicométrica.

Os resultados mostraram que todos os pacientes apresentaram melhora dos sintomas associados à atividade neoplásica neuronal, induzida pelo tratamento por insuflação com ozônio e pela prática do boxe sem contato, além de maior estabilidade e redução do risco de quedas.

Portanto, a ozonioterapia pode ser considerada uma opção terapêutica complementar para o tratamento das doenças neurodegenerativas, visto que estudos recentes mostram que é eficaz tanto para ativar a microcirculação cerebral quanto para aumentar a produção de energia por neurônios. Outro fator muito importante é que a terapia com oxigênio e ozônio melhora e prolonga os efeitos de drogas como Levodopa, Selegilina e Bromocriptina utilizadas no tratamento da doença de Parkinson.

Além disso, o O3 apresenta forte capacidade de redução da toxicidade dos pacientes com EM em tratamento com outros medicamentos e efeitos colaterais, e promove uma redução do estresse oxidativo celular, dano oxidativo a lipídios e proteínas, diminuição dos níveis de citocinas pró-inflamatórias e melhora do transporte e liberação de oxigênio no sangue. Esses resultados fornecem subsídios para propor o potencial mecanismo neuroprotetor do ozônio medicinal na EM.

MORELLI, L.; BRAMANI, S. C.; GUARINO, A. New frontiers in rehabilitation. Oxygen-ozone therapy and neuronal plasticity in the treatment of Parkinson’ symptoms. Ozone Therapy, Pavia, v.3, n.1, p.13-15, 2018.

AMELI, J. et al. Mechanisms of pathophysiology of blood vessels in patients with multiple sclerosis treated with ozone therapy: a systematic review. Acta Biomed, Parma, v.90, n.3, p.2013-217. 2019.

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