Philozon explica: Aplicações do óleo ozonizado na odontologia

Philozon explica Aplicacoes do oleo ozonizado na odontologia Philozon | Geradores de Ozônio

Cerca de 90% das patologias orais apresentam como fator etiológico primário a infecção, seja de origem bacteriana, fúngica ou viral. Além disso, todo processo infeccioso necessariamente apresenta inflamação associada, como uma resposta do organismo frente à um agente infeccioso.

Com base nesta informação, na Odontologia, as substâncias com potencial antisséptico e anti-inflamatório são amplamente utilizadas no tratamento de inúmeras condições e doenças, sendo associadas à outras terapêuticas ou não.

As primeiras evidências clínicas do uso dos óleos ozonizados surgiram em 1859 e desde então esta forma de utilização do ozônio vem sendo amplamente estudada. Por serem obtidos a partir da reação química entre o ozônio (gás) e os ácidos graxos insaturados de óleos vegetais, os óleos ozonizados apresentam maior estabilidade quando comparados ao gás ozônio e à água ozonizada. Essa reação química de ozonização dos óleos produz novas moléculas estáveis ​​como cetonas, aldeídos e também vários compostos oxigenados, como hidroperóxidos, ozonídeos, peróxidos, diperóxidos e poliperóxidos, seguindo um mecanismo descrito por Criegee em 1975.

Os óleos ozonizados apresentam uma série de efeitos clínicos benéficos, incluindo ação antimicrobiana contra várias cepas, incluindo S. aureus e S. epidermidis, ambas suscetíveis e resistentes à antibióticos como a meticilina (Lezcano et al., 2000). Além disso, foi relatado que o tratamento tópico com óleo ozonizado ativa a microcirculação local, melhora a oxigenação celular, estimula os sistemas antioxidantes e estimula o reparo tecidual assim como a cicatrização de lesões (Bocci, 2000).

Na odontologia, a aplicação de óleos ozonizados vem acompanhando os avanços e abordagens terapêuticas com alta eficácia e elevada biocompatibilidade. Estudos científicos demonstram a aplicabilidade em várias especialidades odontológicas e afecções bucais.

No campo das lesões orais, a literatura mostra o auxílio no tratamento das lesões de osteonecrose e osteomielite, herpes labial, candidíase oral e queilite angular, bem como redução da sensação de queimação do líquen plano oral após tratamento com óleo ozonizado. Para condições como ulcerações aftosas recorrentes, estomatite, úlceras traumáticas e lesões vesículo-bolhosas, o uso de óleo ozonizado pode auxiliar no alívio da sintomatologia dolorosa e promover a aceleração do processo de reparação tecidual.

A aplicação tópica de óleos vegetais ozonizados após procedimentos cirúrgicos e implantodontia também tem demonstrado um reparo tecidual mais rápido e uma melhor recuperação pós-cirúrgica. Além disso, na saúde periodontal e periimplantar a aplicação destes óleos tem se mostrado uma proposta de tratamento promissora e eficaz, auxiliando no controle de placa dentária, diminuindo sua adesão, reduzindo metaloproteinases que degradam o tecido periodontal e atenuando a inflamação gengival. Inclusive, uma proposta importante no controle e prevenção destas condições surge com as novas formulações de cremes e géis dentais contendo o óleo ozonizado como um ativo em sua composição.

Tendo em vista todos os benefícios citados anteriormente, a ampla variedade de aplicações clínicas, o baixo custo e a via de aplicação não ser invasiva, os óleos ozonizados podem ser considerados um tratamento promissor com excelentes resultados científicos e clínicos, além de apresentar elevada biocompatibilidade, ou seja, não causa efeitos agressivos ou deletérios para a cavidade bucal, assim como outros agentes antissépticos comumente utilizados na odontologia.

 

Sugestão de leitura:

Rodrigues KL, Cardoso CC, Caputo LR, Carvalho JC, Fiorini JE, Schneedorf JM. Cicatrizing and antimicrobial properties of an ozonised oil from sunflower seeds. Inflammopharmacology. 2004;12(3):261-70. doi: 10.1163/1568560042342275. PMID: 15527550.

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