Injeção subcutânea de ozônio em feridas de ratos sugere maior produção de colágeno, miofibroblastos e cicatrização mais rápida

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O reparo de feridas é um processo complexo associado a múltiplas interações celulares e químicas, resultando na formação de novos vasos (angiogênese), formação de novas fibras colágenas (neocolagênese) e formação da cicatriz. Estudos têm demonstrado que a ozonioterapia, que utiliza ozônio em seu tratamento, pode influenciar positivamente no processo de cicatrização de feridas. As células envolvidas nesse processo, como células inflamatórias, endoteliais e mesenquimais, são beneficiadas pela aplicação de ozônio, que promove a liberação de fatores de crescimento e a redução do estresse oxidativo, favorecendo o reparo dos tecidos danificados. Neste artigo, discutiremos as evidências científicas sobre como a ozonioterapia pode contribuir para o processo de cicatrização.

Reparo de feridas e processo de cicatrização com ozônio

Já foi demonstrado em estudos que a expressão prolongada do mediador químico matriz metaloproteinase-2 (MMP-2) pode retardar a cicatrização. No entanto, esta citocina também pode estar associada à angiogênese e, consequentemente, potencializando a cicatrização de feridas. Já o fator de crescimento de fibroblastos 2 (FGF2) regula o processo de reparo da ferida e é secretado pelas células inflamatórias e endoteliais e pelos miofibroblastos.

O estudo de Soares et al. (2019) teve como objetivo estabelecer os padrões de expressão de FGF2 e diferenciação miofibroblástica durante a cicatrização de feridas em ratos tratados com injeção subcutânea de ozônio.

Para o estudo, foram criadas feridas excisionais de espessura total em ratos, e o processo de cicatrização foi analisado por meio de análises morfométricas e quantificação digital da imunorreatividade de actina de músculo liso e FGF2.

Os resultados do estudo mostraram que as feridas tratadas com ozonioterapia apresentaram tecido de granulação com número reduzido de células inflamatórias e maior celularidade dérmica e intensa deposição de colágeno. A imunorreatividade do FGF2, a densidade de microvasos e a quantidade de miofibroblastos foram significativamente maiores nas feridas tratadas em comparação com os controles.

Os autores concluíram que as injeções subcutâneas de ozônio aceleram e melhoram o processo de reparação de feridas. Além disso, o mecanismo de ação da terapia com ozônio injetável pode estar associado ao aumento da expressão de FGF2.

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Referência:

Soares CD, Morais TML, Araújo RMFG, Meyer PF, Oliveira EAF, Silva RMV, Carreiro EM, Carreiro EP, Belloco VG, Mariz BALA, Jorge-Junior J. Effects of subcutaneous injection of ozone during wound healing in rats. Growth Factors. 2019 Apr;37(1-2):95-103. doi: 10.1080/08977194.2019.1643339.

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