Schönbein descobre o Ozônio, e aponta suas propriedades.
O primeiro gerador de Ozônio foi desenvolvido por Werner Von Siemens na Alemanha.
A primeira evidência de uso do Ozônio com função desinfetante é atribuída ao Dr. Kellogg no sobre difteria.
FDA declara GRAS para uso em água engarrafada.
Primeiro tratamento de água com uso de Ozônio, instalado em Ousbaden, na Holanda.
FDA atribui o título GRAS para o Ozônio, e permite o seu uso como antimicrobiano para alimentos.
Mudança da sede da Philozon de Blumenau para Balneário Camboriú.
Obtenção de AFE - Autorização de Funcionamento da Empresa - junto a ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária – para a fabricação de produtos para a saúde.
FDA permite o uso do Ozônio como aditivo direto em alimentos.
Resolução CFO-166/2015, Conselho Federal de Odontologia regulamenta a prática da Ozonioterapia no Brasil
Publicação da portaria n° 702, do Ministério da Saúde, na qual inclui a Ozonioterapia como uma prática na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares – PNPIC, no âmbito do SUS
Conselho Federal de Farmácia, através RESOLUÇÃO Nº 685, Regulamenta a atribuição do farmacêutico na prática da Ozonioterapia.
Em dezembro, através da RESOLUÇÂO N°695, revisa o artigo 2º e ao Anexo I, além de incluir os Anexos III e IV, os tipos de formação aceitáveis para habilitação e respectivamente, os as vias de aplicação.
PARECER NORMATIVO Nº 001/2020/COFEN a Ozonioterapia foi regulamentada para a prática na enfermagem pelo Conselho Federal de Enfermagem.
Conselho Federal de Biomedicina, em Junho, regulamenta a utilização da Ozonioterapia, através da RESOLUÇÃO Nº 321
Conselho Federal de Medicina Veterinária, em outubro, regulamenta através da, RESOLUÇÃO Nº 1364, a Ozonioterapia em animais compreendida a indicação, a prescrição e a aplicação, é atividade clínica privativa do médico-veterinário.
Todo o aprendizado na aplicação do Ozônio na área industrial e na saúde nada mais é do que mimetizar a natureza, ou seja, estamos repetindo a forma com que o Ozônio é produzido naturalmente. Portanto, trata-se de um processo natural, seguro, limpo, sustentável e economicamente viável.
O Ozônio é produzido naturalmente pelos seguintes métodos:
→ Por meio de descargas elétricas na atmosfera durante tempestades. O Ozônio é criado quando uma molécula de oxigênio recebe uma descarga elétrica, quebrando-a em dois átomos de oxigênio. Os átomos individuais se combinam com outra molécula de oxigênio para formar uma molécula de O3, o Ozônio.
→ Por meio dos raios ultravioleta emitidos pelo sol, que desempenham o papel de descarga elétrica sobre o oxigênio presente na estratosfera, portanto, criando a camada de Ozônio que absorve a maior parte da radiação ultravioleta emitida pelo sol.
Esquema da formação da molécula de ozônio a partir de uma descarga elétrica.
Para a produção de Ozônio em nível industrial ou medicinal, existem três principais sistemas:
→ Sistema Ultravioleta: produz baixas concentrações de Ozônio. É usado em estética, saunas e para purificação do ar.
→ Sistema de Descarga Corona: produz altas concentrações de Ozônio. É o sistema mais comum, utilizado com finalidade terapêutica. É fácil de manusear e apresenta uma taxa de produção de Ozônio controlada.
→ Sistema de Plasma Frio: muito utilizado na purificação do ar e da água. (NOGALES et al. 2008)
Um sistema natural de autolimpeza.
Na natureza existe um ciclo do oxigênio assim como existe um ciclo da água.
O oxigênio é liberado pelos vegetais durante fotossíntese. O O2 apresenta menor massa molar e é mais leve que o ar atmosférico, tendendo a subir para a parte mais elevada da atmosfera. Na região de 20-30 km de altura, a forte radiação ultravioleta (185-200 nm) bombardeia o oxigênio convertendo-o em Ozônio.
O Ozônio gerado desta forma existe como uma camada muito fina na atmosfera e bloqueia a porção do espectro do UV (radiação ultravioleta) que absorve durante a conversão O2 para O3.
A concentração do O3 produzido durante uma tempestade média é, frequentemente, 3 vezes maior que o limite permitido pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA). Este Ozônio é o responsável pelo cheiro fresco após as chuvas e é mais uma ferramenta do sistema natural de autolimpeza da natureza.
A produção é dependente da quantidade de energia liberada do sol.
Durante a noite e nos polos da terra durante o inverno, não há Ozônio, pois a energia solar é muito baixa. Assim, o Ozônio somente é produzido na alta atmosfera nos períodos em que há maior exposição à luz solar (UV).
O Ozônio é mais pesado que o ar, assim que formado começa a decantar na atmosfera.
Neste movimento descendente ocorre a reação do Ozônio com qualquer poluente que ele encontre, limpando o ar. Um sistema natural de autolimpeza.
A terapia com Ozônio medicinal pode ser definida, de uma forma bem resumida, como a administração da mistura gasosa de oxigênio e Ozônio com finalidade terapêutica.
Atualmente, também podem ser utilizados a Água Ozonizada, os Óleos Ozonizados e os Cosméticos Ozonizados, como formas terapêuticas do Ozônio.
Portanto, quando o assunto é Ozonioterapia, a precisão de concentração da mistura gasosa a ser administrada ao paciente é fundamental para a efetividade e segurança do tratamento.
O Ozônio medicinal é constituído da mistura gasosa de oxigênio medicinal puro (99,9% O2) e Ozônio puro.
Em Ozonioterapia, é necessário utilizar o oxigênio medicinal com 99,9% de pureza?
Sim! Quando utilizado com finalidade terapêutica, o Ozônio não deve ser produzido a partir do ar
atmosférico, pois este é composto majoritariamente de nitrogênio (71%), oxigênio (28%) e outros gases
(1%), incluindo Ozônio, que é alterado por processos relacionados à altitude, temperatura e poluição do
ar.
Assim, o gás obtido a partir desta reação não será estável e preciso, contendo, além do Ozônio,
compostos nitrogenados e outros gases que podem ser altamente reativos e tóxicos à saúde humana e
animal.
A prática da Ozonioterapia ainda está em fase de regulamentação por alguns conselhos de classe profissionais ligadas à área da Saúde e Biologia, que são as instituições responsáveis por definir as regras para o exercício de cada profissão regulamentada.
De acordo com o que estabelece cada conselho, médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, cirurgiões dentistas, farmacêuticos, biólogos e biomédicos têm diferentes linhas de atuação na Ozonioterapia, que devem ser respeitadas. Isto inclui, médicos veterinários, já que os animais também podem ser beneficiados pelo Ozônio.
Para que se compreenda como cada profissional pode atuar, é importante ressaltar que a Ozonioterapia está inserida na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) do SUS, pela Portaria n° 702/2018 do Ministério da Saúde. Assim, todo profissional que pode atuar nestas práticas, consequentemente pode utilizar a Ozonioterapia dentro da sua área. Estas práticas abrangem tanto os sistemas médicos complexos, como os recursos terapêuticos, chamados de medicina tradicional e complementar/alternativa (MT/MCA) pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Conheça abaixo as profissões que podem trabalhar com a Ozonioterapia:
O cirurgião dentista pode utilizar a Ozonioterapia para muitos procedimentos dentro da sua área de atuação, inclusive em procedimentos estéticos. É o que determina a resolução CFO n° 166/2015, que reconhece e regulamenta o uso da prática, e a resolução 176/16, mantida após julgamento no TRF 5ª Região em Março/2018.
A Ozonioterapia apresenta extensa aplicabilidade na odontologia e inclusive já foi desenvolvido um Gerador de Ozônio específico para as técnicas. Potente na sua ação antimicrobiana e de alta biocompatibilidade, é altamente indicado como alternativa antisséptica no combate de infecções e inflamações.
O tratamento de feridas, grande benefício da Ozonioterapia, é o foco da utilização para os enfermeiros, de acordo com o parecer n° 308/2015. Aos profissionais da enfermagem, é liberado o uso na forma de “hidrozonioterapia em feridas”. A Resolução do Cofen n° 567/2018, regulamenta a atuação da equipe de enfermagem no cuidado aos pacientes com feridas, atribuindo ao Enfermeiro a autonomia para abertura de clínica/consultório de prevenção e cuidado. Os enfermeiros não podem utilizar o Ozônio de forma sistêmica, nem em procedimentos estéticos.
A efetividade do Ozônio no tratamento de feridas se dá em função do seu alto poder bactericida, por ataque direto aos microorganismos com a oxidação do material biológico. Como também tem ação fungicida, o objetivo principal da Ozonioterapia no tratamento de feridas é reduzir a carga microbiana local.
O Conselho Federal de Farmácia (CFF) define na Resolução nº 572/2013 que o farmacêutico é competente para realizar as práticas integrativas e complementares. Sendo assim, mesmo ainda não estando incluídas na resolução do CFF, o farmacêutico pode atuar na prática da Ozonioterapia, exceto para fins estéticos, o que foi barrado pela Justiça. É bom ressaltar que não está na Resolução, por ser anterior, mas não existe nenhum parecer contrário do CFF à utilização da Ozonioterapia.
O Conselho Federal de Biomedicina decidiu em Plenária, em março de 2018, formar um Grupo de Trabalho para viabilizar estudo acerca da Ozonioterapia em atividade Biomédica. Isto porque a inclusão do profissional biomédico em programas de Atenção à Saúde e na PNPIC do SUS, ainda está sendo discutida no Congresso Nacional. Quanto à aplicação da Ozonioterapia, não existe nenhuma resolução, normativa ou impedimento para a utilização da técnica pelos biomédicos nos mais diversos campos, inclusive na estética facial.
A Resolução 380/2010 do Conselho Federal de Fisioterapia (COFFITO) determina que o profissional desta área deve atuar nas Práticas Integrativas e Complementares de Saúde (PICS). Desta forma, como já explicamos, o fisioterapeuta pode exercer todas as práticas da Ozonioterapia, independente da via de administração, desde que seja capacitado e/ou especialista.
Como procedimento experimental, a Ozonioterapia pode ser utilizada em animais de pequeno ou grande porte. As propriedades anti-inflamatórias, antissépticas e de modulação do estresse oxidativo promovem melhora na oxigenação e no metabolismo do organismo dos animais, com sucesso, mediante autorização do responsável por meio
Comparado ao cloro, o Ozônio oferece muitas vantagens no processamento de alimentos e bebidas e na sanitização de materiais e superfícies. O cloro tem sido utilizado como produto de primeira escolha na indústria de alimentos, no entanto sabe-se que muitos subprodutos são derivados da ação oxidante do cloro, como a formação de THM (trihalometanos), cloraminas e dioxinas, que são inerentes à reação do cloro com matéria orgânica. Estas substâncias são conhecidas como carcinogênicas.
Conheça abaixo algumas das vantagens da utilização do Ozônio no processamento de alimentos, bebidas e tratamento de água:
Ozônio
Não causa alergia ou irritações e não descolore roupas e piscinas de vinil.
Em contato com outros compostos, se dissocia a oxigênio.
É um excelente desodorizador, despolarizador e clarificador.
Não deixa resíduos.
Não necessita de transporte ou consome insumos, é produzido no local.
Cloro
No tratamento de piscinas causa problemas como irritação nos olhos, pele e descoloração de roupas.
Em contato com proteínas, gera compostos orgânicos clorados (cloraminas), substâncias que contaminam o
meio ambiente e são cancerígenas aos humanos.
Deixa odor, gosto e coloração branca na água.
Gera compostos tóxicos, chamados trialometanos.
Necessidade de adquirir e transportar produtos químicos perigosos.
Em 23 de Junho de 2001 o órgão norte-americano FDA (Food and Drug Administration) concedeu o título GRAS (Generally Recognized As Safe ou comumente reconhecimento como seguro), ao Ozônio para uso em aplicações com contato com alimentos.
O Ozônio (O3) é uma molécula gasosa natural, composta de três átomos de oxigênio. Por isso, também pode
ser denominado Oxigênio Ativado.
O oxigênio é normalmente encontrado em sua forma diatômica (O2) mas, assim como encontramos na natureza
o alótropo do grafite na forma de diamante, o Ozônio (O3) é a forma alotrópica do oxigênio.
Forma-se quando as moléculas de oxigênio (O2) se rompem, devido à uma descarga elétrica e os átomos separados combinam-se individualmente com outras moléculas de oxigênio.
O Ozônio (O3) é um gás altamente oxidante, reativo e instável, ou seja, logo se recompõe a oxigênio
(O2).
É um dos oxidantes naturais mais potentes e é também um poderoso germicida. Essas características
conferem
ao Ozônio uma gama de aplicações, sendo utilizado em saúde e processos industriais, tratamento de águas,
alimentos, gases, efluentes e também como agente clareador/branqueador.
O Ozônio existe como um gás instável à temperatura ambiente, de coloração suave azul-celeste, com cheiro acre e pungente, já perceptível na concentração de 0,005-0,01 ppmv.
Geometrica molecular
Os três átomos de oxigênio na molécula do Ozônio são dispostos segundo um ângulo obtuso, em que um átomo
central de oxigênio está ligado a dois átomos de oxigênio equidistantes, o ângulo formado é de
aproximadamente 116 ° 49 ' e o comprimento de ligação é 1,278 .
A molécula é composta por três átomos (O3) 0 e tem peso molecular de 48,00. Possui estrutura cíclica avaliada pelo espectro de absorção na região do infravermelho. A figura abaixo mostra que o Ozônio não tem uma estrutura estável, mas existe em vários estados mesoméricos, em equilíbrio dinâmico.
Estrutura e estados mesoméricos do Ozônio
O Ozônio é formado a partir do oxigênio por meio de um processo endotérmico:
No estado líquido, o Ozônio tem uma cor azul escura e um ponto de ebulição bem diferente do oxigênio. O Ozônio também é ligeiramente mais denso (2,14 g / L) em relação ao ar (1,28 g / L) a 0°C e à pressão atmosférica.
O Ozônio é cerca de 10x mais solúvel em água do que o oxigênio, essa informação é de extrema importância para o entendimento das reações bioquímicas do Ozônio com os fluidos biológicos.
Confira na tabela abaixo as principais características físico-químicas da molécula de O3:
O Ozônio é um gás altamente instável, logo voltando à sua forma inicial de oxigênio (2 O3 ➔ 3 O2) por isso, não é possível armazená-lo, devendo ser sempre produzido no momento do uso.
A velocidade de dissociação de O3 para O2 depende da temperatura e da concentração de Ozônio, ou seja, quanto maior a concentração e maior a temperatura, maior a velocidade de dissociação, e vice-versa. Veja na tabela e gráfico abaixo.
A decomposição do Ozônio na água depende diretamente da temperatura e da pureza da água.
O Ozônio é muito reativo e, por isso, reage com qualquer interferente presente na água, como, por exemplo, os resíduos minerais. Portanto, quanto maior a pureza da água, maior o tempo de permanência ativa. Para uso medicinal, sempre utilizamos a água mais pura possível, para, justamente, prolongar o tempo clínico de utilização e aumentar a concentração final de Ozônio na água. Dentre as diferentes qualidades de água, temos: filtrada/mineral, destilada, bidestilada ou água para injeção e água de osmose reversa (OR), sendo esta última o “padrão ouro” para o processo de Ozonização da água para uso medicinal.
O Ozônio é parcialmente solúvel em água e, assim como a maioria dos gases, aumenta sua solubilidade e estabilidade à medida que a temperatura diminui. A temperatura também determina o tempo de atividade da água (durabilidade do Ozônio dissolvido), pois o frio estabiliza a molécula. Assim sendo, quanto mais baixa a temperatura, mais tempo de permanência ativa.
ppm = partes por milhão
Indica quantas partes do gás em questão estão em cada 1 milhão de partes de gás total.
Exemplo:
1 ppm de O3: isso significa que para cada 1 milhão de partes de gás, um deles é o Ozônio. Podem-se medir as "partes" em volume ou peso (ppmv: partes por milhão por volume). A medição em ppm é mais comum e é utilizada para medir o Ozônio no ar e Ozônio dissolvido na água.
ppb = partes por bilhão
Indica a mesma coisa que o ppm, porém com a alteração de milhão para bilhão. Isso move um ponto decimal, por exemplo 0,1 ppm = 100 ppb.
µg/ml = microgramas por mililitro
Indica quantos microgramas de Ozônio existem em um mililitro do volume total. Pode ser utilizado para indicar a concentração de Ozônio nas fases gasosa ou líquida. 1 µg/ml = 1 mg/l = 1g/m3 gama
(Esses termos são iguais, não é necessária a conversão)
mg/l – miligramas por litro
Indica quantos miligramas de Ozônio, há em um litro de volume total. Pode ser utilizado para indicar a concentração de Ozônio no gás ou líquido.
1 mg/l = 1 ug/ml = – estes termos são iguais, nenhuma conversão é necessária
1 ppm de Ozônio = 2,140 mg/l. Este é um termo comum usado para medir a quantidade de Ozônio dissolvido em água.
g/m3 = Gramas de Ozônio por metro cúbico
Indica quantos gramas de Ozônio existem em um metro cúbico de volume total. Pode ser utilizado para
indicar o volume de um gás ou líquido. g/m3 é mais comumente utilizado para medir a concentração de Ozônio em uma corrente de gás.
1 g/m3 = 467 ppm de Ozônio no ar
% em peso (porcentagem em peso)
Indica a porcentagem (%) de Ozônio dentro de um fluxo de gás fornecido. Este é um método muito comum para ilustrar a concentração do gás a partir de um gerador de Ozônio. Esta medida é mais complicada do que g/m3, já que o peso muda se o gás misturado com o Ozônio for o ar atmosférico ou oxigênio puro.
1% de Ozônio = 12,8 g/m3 de Ozônio no ar
1% Ozônio = 14,3 g/m3 de Ozônio em oxigênio
g/h (g/hr) – gramas de Ozônio por hora –
É uma medida da produção de Ozônio. Este é o método mais comum de medir a saída de um Gerador de Ozônio. Podemos medir a concentração de Ozônio em g/m3, em seguida, quando calculamos a taxa de fluxo com uma medida como a LPM (litros por minuto), podemos determinar quantos gramas de Ozônio são produzidos em uma hora de tempo.
mg/hr – miligramas de Ozônio por hora
Indica a mesma coisa que g/h apenas em uma escala menor. Geradores menores de Ozônio podem ser classificados em mg/hr.
1 g/h de Ozônio = 1.000 mg/h de produção de Ozônio.
A produção de Ozônio também pode ser exibida em kg/h, kg/dia, ou medição de muitos outros, todos estes podem ser simplesmente convertidos para facilitar a compreensão de todas as partes.
Existem outras unidades de medida, no entanto estas são as mais comuns. Conforme necessário, outras unidades de medida podem ser convertidas em unidades de medida comuns, para facilitar o entendimento.
Confira abaixo, as tabelas com o resumo das unidades de medidas e conversão:
Para acessar a calculadora e conversora de unidades de medidas comuns em Ozonioterapia clique aquiPor ser um gás oxidante, o Ozônio reage com alguns materiais, como a borracha. É importante saber que diferentes materiais reagem de forma diferente ao Ozônio úmido ou seco.
Se você tem dúvidas sobre a compatibilidade do material, entre em contato conosco para fazer um teste e determinar se seu material é compatível.
Confira abaixo os materiais de acordo com o grau de compatibilidade com o Ozônio:
EXCELENTE
O Ozônio não tem efeito sobre esses materiais.
BOA
O Ozônio tem menor efeito nesses materiais. O uso prolongado com altas concentrações de Ozônio pode
quebrar
ou corroer esses materiais além da utilidade.
REGULAR
O uso prolongado com qualquer concentração de Ozônio irá danificar diminuir ou corroer esses materiais
além da utilidade.
RUIM
Ozônio quebrará esses materiais dentro de dias ou mesmo horas de uso. Estes materiais não são
recomendados para uso com Ozônio.
Para gerar Ozônio, uma molécula de oxigênio diatômico tem de primeiro ser separada. O oxigênio radical livre resultante ficará, desta forma, livre para reagir com o oxigênio diatômico para formar a molécula de Ozônio tri-atômica. No entanto, a fim de quebrar a ligação OO, é necessária uma grande quantidade de energia.
Radiação UV (188 nm de comprimento de onda) e os métodos de descarga em corona são os métodos usados para iniciar a formação de radicais livres de oxigênio e, assim, gerar Ozônio. Para níveis comerciais de Ozônio, o método de descarga em corona é normalmente utilizado.
Gás de alimentação
Se o insumo de oxigênio para gerador é o ar, apenas de 1 a 3% de Ozônio é convertido; usando oxigênio de elevada pureza como insumo, a conversão pode chegar a 16% de Ozônio. O processo energético que pode produzir moléculas de Ozônio também pode destruir o Ozônio. Como o Ozônio se degrada espontaneamente, não pode ser armazenado e deve ser produzido no local de utilização.
O Ozônio é um gás, portanto, os mecanismos apropriados de contato gás/líquido são críticos para a eficiência do sistema. O gás Ozônio pode ser transferido para a fase aquosa das seguintes formas:
Método mais comum e acessível para injetar Ozônio na água. A área de transferência de gás Ozônio ocorre imediatamente na interface entre a superfície da bolha de Ozônio e a água circundante. Os difusores permitem que o gás Ozônio passe através de uma membrana porosa, criando pequenas bolhas de Ozônio na água. O uso do difusor requer pressão suficiente para superar a altura da coluna de água e quaisquer restrições nos difusores devido ao tamanho do furo.
A transferência de gás Ozônio para a água está diretamente relacionada com a superfície total de contato, desta forma o diâmetro da bolha de gás tem um impacto direto na eficiência do processo. Quanto menor a bolha, maior a superfície de contato e melhor transferência de massa de Ozônio. É fundamental evitar que a água reflua através do difusor da bolha, entrando em contato com o Gerador de Ozônio.
Método mais comumente utilizado em instalações industriais e piscinas para difusão do Ozônio na água. Os injetores de Venturi trabalham forçando a água através de um corpo cônico. Esta ação cria um diferencial de pressão entre os orifícios de entrada e saída, o que resulta em vácuo dentro do corpo do injetor. Este vácuo provoca rápida sucção de Ozônio através da porta de sucção.
A solubilidade é a propriedade de uma substância química sólida, líquida ou gasosa (chamada soluto) de se dissolver em um sólido, líquido ou solvente gasoso. Usualmente estamos familiarizados com o oxigênio (O2). Nós respiramos o O2 todos os dias, e os peixes que vivem debaixo da água também o utilizam. Significa que O2 é solúvel em água. O Ozônio gasoso (O3) é cerca de 10 vezes mais solúvel em água do que O2.
A quantidade de Ozônio aplicada à água deve sempre exceder a quantidade de Ozônio efetivamente absorvida em solução. Muitas vezes, devido a ineficiências do sistema, uma parte do Ozônio não é absorvida na água. Este Ozônio acaba sendo perdido. O excesso de Ozônio deve ser direcionado para um ambiente ventilado ou destruído com um catalisador/destrutor de Ozônio, acoplado ao equipamento de Ozonização.
A quantidade de Ozônio aplicada na água não permanecerá no mesmo valor. O Ozônio dissolvido será reduzido pelas condições da água, tais como a temperatura, agentes patogênicos, orgânicos, etc. As unidades utilizadas são PPM ou mg/l. Eles são equivalentes em uma proporção 1: 1
Qual a concentração final de Ozônio na água? Segundo Bocci (2002) a água absorve apenas de 20 a 25% do Ozônio que é gerado.
A estabilidade de concentração de Ozônio na água, depende diretamente da temperatura de armazenamento.
O Ozônio é um gás oxidante que normalmente não é deletério aos mamíferos a baixas concentrações, mas é letal aos microrganismos, como as bactérias, fungos e vírus. O Ozônio, assim como qualquer outro agente oxidante, pode ser tóxico se não for manuseado corretamente.
A inalação do gás Ozônio é expressamente proibida, pois pode ser deletéria ao sistema pulmonar e possivelmente a outros órgãos. A respiração prolongada de Ozônio causa toxicidade progressiva, exemplificada no quadro abaixo:
Concentração | Eventos |
---|---|
0,1 ppmv (0,2 mg/m3) | Lacrimejamento e irritação no trato respiratório superior. |
0,1 ppmv (0,2 mg/m3) | Rinite, tosse, cefaléia, náuseas. Pessoas predispostas podem desenvolver asma. |
2 a 5 ppmv (4 a 10 mg/ m3) - 10 a 20 min | Aumento progressivo de dispneia. |
5 ppmv (10 mg/ m3) - 60 min | Edema agudo de pulmão e ocasionalmente paralisia respiratória. |
10 ppmv ( 20 mg/ m3) | Morte dentro de 4 horas. |
50 ppmv ( 100 mg/m3) | Morte em minutos. |