A esclerose múltipla (EM) é uma doença neurodegenerativa autoimune com inflamação crônica. No curso da doença, os níveis aumentados de células Th17 e seus fatores inflamatórios relevantes podem causar inflamação e progressão da doença, nestes caso a Ozonioterapia com suas funções antioxidantes e anti-inflamatórias pode ser uma adjuvante terapêutica benéfica.
O estudo de Izadi et al. (2020) teve como objetivo avaliar as implicações terapêuticas da auto-hemoterapia com ozônio nas respostas Th17 em pacientes com EM. Foram incluídos no estudo 20 pacientes com EM como grupo experimental receberam terapia com ozônio (100 ml de composto O2/O3 (concentração de 25 ug/ml) com 100 ml de sangue autólogo) duas vezes por semana durante 6 meses. A frequência de células Th17, expressão gênica dos fatores relevantes (RORgammaT, IL-17, IL-23, miR-141, miR-155 e miR-200), bem como os níveis de secreção das citocinas IL-17 e IL-23 foram comparados entre os grupos paciente e controle, bem como o grupo de pacientes antes e após a terapia com ozônio pelas técnicas de citometria de fluxo, PCR em tempo real e ELISA, respectivamente.
Os achados indicaram diminuição significativa na frequência de células Th17 (P = 0,0002), nos níveis de expressão de RORgammaT e IL-17 (P = 0,0001 e P = 0,0004, respectivamente), bem como miR-141 e miR- 155 (P <0,0001 e P <0,0001, respectivamente) na condição pós-tratamento com ozônio em comparação com a condição pré-tratamento. Além disso, a redução significativa no nível de secreção de IL-17 (P = 0,043) foi detectada nos pacientes tratados.
Em suma, os autores concluíram que, uma vez que os níveis aumentados e as respostas das células Th17 podem ter papéis críticos na patogênese e inflamação da EM, os achados do estudo revelaram que a auto-hemoterapia com ozônio pode diminuir as respostas Th17 no sangue periférico de pacientes com EM e pode ser uma abordagem benéfica no tratamento da EM.
IZADI, M. et al. Changes in Th17 cells frequency and function after ozone therapy used to treat multiple sclerosis patients. Mult Scler Relat Disord, v.46, n., p.1-9, 2020.
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